Sauber-Mercedes C9



A Sauber foi uma construtora de carros de corrida suíça, fundada por Peter Sauber, que contruía carros esportivos desde 1970. Em 1984 a equipe ganhou as 24 Horas de Le Mans e em 1989 a World Sportscar Championship, usando motor Mercedes e correndo contra as fortes equipes da Jaguar e Porsche.


Estreou na Fórmula 1 em 1993 e até o ano de 2005 utilizou motores da Ferrari. A partir de 2006 passou a usar os motores da BMW, que comprou a equipe e mudou seu nome para BMW Sauber F1 Team.



O Sauber Mercedes C9, pertenceu ao Grupo C de carros de corrida protótipos, introduzido em 1987, como continuação da parceria entre a Sauber como construtora e a Mercedes Benz como fornecedora de motores, para o World Sportscar Championship. O C9 substituiu o Sauber C8.



A Mercedes Benz retirou-se das competições internacionais em 1955, depois de um terrível acidente com um de seus carros em Le Mans, que resultou na morte de 78 espectadores da prova. A equipe suíça de Peter Sauber, buscava o suporte da Mercedes Bens para motorizar seu carro (C9), para o Campeonato Mundial de Esportes Protótipos, conseguindo o apoio oficial da Mercedes Benz AG em 1988.




Depois de um ano de trabalho conjunto, a fábrica alemã se integrou de tal maneira ao projeto, que capitaneou o patrocínio geral da equipe, pintando o Sauber C9 de 1989 com o tradicional esquema das “flechas de prata”. Sob essas condições participaram das 24 Horas de Le Mans. A Mercedes conseguiria neste mesmo ano, a vitória depois de sua primeira participação, desde a sua retirada em 1.955, o C9 oferecia à fábrica alemã a melhor maneira de voltar à mítica prova de gala do automobilismo.


Leo Ress desenhou o C9 com a assistência da equipe técnica da PP Sauber AG, na Suíça e da Mercedes Benz AG em Stuttgart. O motor V8 foi desenvolvido sobre a base de um motor de série, o que suponhava-se ser outro grande fato para o projeto. O coração do C9 era composto por um rígido monocoque de onde se integrava o cockpit e os sistemas de proteção para o piloto. Virtualmente, cada componente do chassi, foi desenvolvido diretamente sobre tubos de alumínio, sendo o motor Mercedes Benz V8 parte integrante deste chassi.




Como no caso dos modernos F1, a caixa de câmbio e a suspensão traseira foram integrados no mesmo motor. o Sauber C9 foi um “wing-car” desenvolvido para dispor do máximo efeito solo em grandes velocidades. O desenho aerodinâmico inicial, foi completado em túnel de vento nas instalações da Mercedes, chegando-se a realizar cerca de 320 configurações diferentes antes do primeiro C9 ser construído.



O resultado final foi eficiente e estéticamente bonito. O início da Le Mans 89 impôs problemas para a equipe Sauber. Na classificação do carro número 63, quebrou-se a caixa de câmbio, conseguindo a décima primeira posição da linha de largada, um percalço pouco relevante, mas importante para uma corrida de tão longa duração. Na saída da prova, Schlesser, com o Sauber 62 e Baldi com o 61 disputaram a liderança., enquanto Jochen Mass, Manuel Reuter e Standley Dickens no 63 realizaram duelos duplos, porém um pequeno problema mecânico levou de novo este carro à posição número 20 de classificação.



Com os problemas resolvidos, Dickens sobe até o oitavo lugar. Durante a noite os Sauber se posicionaram entre o segundo e o terceiro lugar na classificação, entre os Jaguar. Após uma nova parada para substituir a caixa de câmbio, os carros Suíço/Alemães tomaram a liderança, para não deixá-la até o final da corrida.




O carro de Mass/Reuter/Dickens dominou a prova durante as últimas oito horas, finalizando a corrida, o número 63 na primeira posição, o 61 na segunda e o 62 na terceira posição. Um resultado impressionante para a volta das “flechas de prata”.

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