Aston Martin DBR 9


A competição e o êxito desportivo fazem parte do património da Aston Martin. O novo DBR9, com base no DB9, aponta o futuro da marca no mercado mundial e marca o seu regresso ao desporto automóvel O DB9 surgiu em 2003 como successor do já clássico DB7. É um coupé de altas performances, equipado com um motor V12 de 6,0 litros e 450 cv de potência. Produzido quase artesanalmente, com uma grande lista de espera, é visto como um automóvel de culto, cuja imagem é apimentada pela tradição de sucessos desportivos, apesar de essa aura remontar ao final dos anos 50 do século passado.Recuperar essa tradição é um objectivo antigo, e a realização de um protótipo para competir nas provas internacionais de Grande Turismo (GT) foi equacionada em 2002. Mas o projecto não avançou porque, na altura, seria necessário vender pelo menos 40 exemplares para garantir a sua viabilidade


Com o lançamento do novo DB9, e graças à colaboração com os especialistas da Prodrive, foi possível planificar a realização de um protótipo "derivado de um modelo de série", como exige a regulamentação desportiva, mas com viabilidade económica. Deste modo, a Ford Motor Co., que controla a Aston Martin, deu luz verde ao projecto de um automóvel que irá competir com os Ferrari, Maserati, Chevrolet e Lamborghini nas corridas de GT.

Surgiu, assim, o Aston Martin DBR9, protótipo que será produzido numa série de 32 exemplares. Tal como aconteceu na década de 1950, serão produzidas 12 unidades, que vão ostentar uma placa numérica colocada no châssis, estando destinadas à utilização da equipe oficial e às equipes satélites associadas à Aston Martin.Os restantes exemplares terão uma numeração que irá do 101 ao 120, e estão destinadas à venda a pilotos, equipes ou colecionadores por um preço na ordem dos 665 mil euros, estando garantido que todas as unidades terão um nível de preparação semelhante à saída da fábrica


Nos últimos dois anos, os Ferrari 550 e 575 têm dado cartas nas grandes provas internacionais reservadas aos modelos de Grande Turismo (GT). Apesar do domínio da marca italiana, a Prodrive está confiante no potencial do novo Aston Martin DBR9, e será difícil contestar o seu optimismo se atendermos a que foi a própria Prodrive que desenvolveu o Ferrari 550 que venceu a categoria GTS nas 24 Horas de Le Mans, para além de ter estado por trás dos triunfos da BMS nos campenatos FIA-GT de 2003 e 2004.O desenvolvimento do DBR9, com base no DB9, acaba por ser semelhante. Da carroçaria do coupé da Aston Martin, a Prodrive apenas conservou o tejadilho. Todos os painéis (portas, capots e guarda-lamas) foram construídos em carbono, para reduzir o peso do DBR que, de acordo com os regulamentos, pode baixar até aos 1100 kg. A competitividade de um carro de corridas começa, no entanto, pelo châssis. Neste sentido, em colaboração com a Hydro Aluminium, a Prodrive realizou o "esqueleto" do DBR9 em aluminio extrudido.Uma das particularidades deste châssis é a forma como integra o roll-bar, que funciona como um elemento estrutural para dilatar a rigidez do monobloco.Outra particularidade é o falso châssis traseiro, que suporta o conjunto suspensão/caixa de velocidades, funcionando estes como uma peça única, o que facilita a sua substituição durante uma prova como as 24 Horas de Le Mans.
O mesmo acontece com o subchâssis dianteiro que suporta o motor, para reduzir o tempo de intervenção em prova. George Howard-Chappell, o responsável técnico do projecto Ferrari, e agora do desenvolvimento do DBR9, considera que o motor do Aston Martin (colocado em posição central anterior), tem um posicionamento mais favorável do que o do 550, porque está mais recuado, o que garante uma melhor repartição de massas. No campo técnico, George Howard-Chappell considera que o V12 da Aston Martin pode não ser tão evoluído, mas permite retirar 600 cv. Como no coupé italiano, a transmissão é assegurada por uma caixa de Xtrac em vez da ZF que equipa o DB9.O DBR9 tem um motor V12, 600 cavalos, e uma carroceria de carbono que o deixa pesando uma tonelada a menos que a versão de rua, zero a 60 mph em 3.4 segundos

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