Depois de sete anos consecutivos de vitórias alemãs (Porsche, BMW e Audi), a 24 Horas de Le Mans, mais famosa e tradicional prova de longa duração para automóveis no mundo, fez brilhar uma equipe britânica.
A Bentley, única marca não-francesa na primeira edição da corrida, em 1923, e vencedora por cinco vezes naquele tempo (1924, 1927, 1928, 1929 e 1930), voltou a ganhar na 71ª. edição, encerrada domingo às 11h (hora oficial de Brasília, 16h locais), com o carro número 7, pilotado pelo dinamarquês Tom Kristensen, pelo italiano Rinaldo Capello e pelo britânico Guy Smith.
Foi a quebra de um jejum de 73 anos! A marca havia se retirado de Le Mans em 1930 e retornado em 2001. O trio dominou a prova a partir da 27ª. volta e permaneceu na frente até o final, completando 370 das 377 voltas à frente. Smith e Capello venceram pela primeira vez, enquanto Kristensen acumula a quinta vitória (1997, 2000, 2001, 2002 e 2003) em apenas sete participações na prova, ficando apenas uma vitória atrás do mito Jacky Ickx (seis em 15 corridas).
O outro Bentley Speed 8, de número 8, foi levado ao segundo lugar por Herbert, Blundell e Brabham, sendo que Herbert fez a melhor volta da prova (3min35s529). Embora baseada na Inglaterra, a Bentley hoje pertence ao grupo Volkswagen.
A equipe vencedora das três edições passadas de Le Mans, a Audi, ficou com o terceiro lugar (Pirro, Lehto e Johansson), a cinco voltas do segundo, e com o quarto (Ara, Magnussen e Werner), seguida por um Panoz em quinto..
A vitória dos automóveis Bentley Speed 8, na tradicional corrida 24 Horas de Le Mans, mostrou novamente a positiva tendência de utilização do sistema de turboalimentação para os motores. Além dos dois primeiros lugares obtidos pela marca inglesa, também dois Audi R8, que se classificaram em seguida, foram equipados com biturbos Garrett TR308, que contribuíram para o melhor desempenho dos motores e pela redução do consumo de combustível, um dos fatores mais importantes em provas de longa duração.
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